tendo a esquecer-me de como me faz bem ouvir a vida de alguma pessoas,
de achar e compreender que estamos enfiados num tabuleiro de xadrez e que alguém lá de cima nos comanda.
estamos num hiatus massivo e ninguém nos salva. ninguém se dá conta que só precisamos que no meio das ondas estamos a querer deixarmo-nos ir. só.
depois, desistimos ou recomeçamos. não sei que merda é que acontece quando se mergulha fundo e que nos dopa de uma forma que parece que os nossos olhos não são nossos já. vemos a vida de todos os que se cruzam connosco como se as tivéssemos vivido. dói-nos tudo e amamos tudo da mesma forma que a dor que se desenha de dentro das veias até magoar tanto tem de sair.
temos de sair daqui e não vejo nada. esqueceram-se de acender a luz e nunca dissemos que sabíamos o caminho.
penso muitas vezes nos anos em que era criança e que era genuinamente feliz. pensava que os adultos tinham um estatuto inadulterável e que só passando por metas para lá de complicadas é que eu chegaria lá. depois comecei a viver, a ver os anos a atropelarem-se em mim. a acelerar em algumas situações, a fazer um retrocesso noutras mas sempre a conseguir algum equilíbrio no meio desta confusão toda.
o que é que estamos a fazer connosco? há momentos em que tenho a certeza de que estamos na estrada certa, uma vez que as outras deixaram de se vislumbrar e então segues o que conheces.
o resto é uma valente treta. é tudo mutável.
as estações. tudo se quer rebelar e eu só me preocupo de mais ninguém se sentar no chão encostados a uma parede e calarem-se.
o que é verdadeiramente perigoso nisto que fazemos é que não aprendemos a pedir ajuda e depois atropelamos todos à nossa frente.
que não haja (mais) feridos.
15 de abril de 2012
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