Será que podemos utilizar a inutilidade para algo útil? Apercebo-me agora que sou apenas um utensílio desta inutilidade inútil. Sempre que medito sobre esta inutilidade que pratico, atinjo a conclusão, sem muita especificidade e sem muito rigor, que tudo tem o seu propósito. Agora se aprofundo mais do que estas premissas vou entrar num argumento com uma conclusão inútil e depressiva. Qual é o meu objectivo no meio de toda esta teia de pensamentos e acontecimentos inóspitos na minha vida? Deixo a resposta ao critério do meu próprio fado, pois se há algo de inútil no meio de tudo isto, é perder o meu tempo a pensar nesta fútil inutilidade que vivo neste momento, quando aquilo que desejava desde o início era fazer com que a caneta com que esboçei este pequeno post, ( esboço este, elaborado em frente ao muro de Berlim, enquanto esperava que algo de extraordinário me inspirasse em tal histórico espaço físico ) fosse uma arma contra a estupidez que vejo habitar nas ruas da minha pátria, na minha faculdade, nos meus empregos em part-time, no meu Erasmus...enfim, em demasiados sítios, que me começam a enojar por o mundo estar a cultivar a ignorância, em vez de se cultivar cultura, educação, amizade, fraternidade e respeito pelo próximo.
26 de novembro de 2008
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3 comentários:
Um idealista que, apesar de inútil, é da mais bela estirpe.
Gosto principalmente da tua meia-foto de apresentação.
e eu da metade-em-branco-na-foto, que expressa claramente o dualismo existencial presente em todo o pensamento do andé gentil-homem na sua forma mais profunda:
ser andré ou não ser, eis a questão.
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