Estou completamente rodeado de escuridão. Tento acender um fósforo mas ele apaga-se imediatamente pois o escuro é tão denso e frio que nem uma chama resiste a tão densa escuridão. Estou sentado a concluir que é isto a minha vida. A minha vida é escura, densa, e negra, onde a esperança de ver algo colorido e quente se vai desvanecendo. A esperança é vaga, mas insisto em mantê-la viva para não me deprimir completamente para o resto da minha existência. Chego a um determinado ponto da situação que tenho um espasmo cerebral e me levanto. Levanto-me, olho à minha volta, para todos os ângulos possíveis e imaginários e não vejo nada... só vejo negro, escuridão absoluta. No entanto desato a correr numa direcção que escolhi aleatoriamente e aí vou eu. Corro, corro sem parar, cada vez com mais velocidade começo a desesperar e grito o mais que posso enquanto corro com todas as forças que tenho. Começo a entrar no cansaço e desfaleço, caio no chão sem forças nenhumas e começo a chorar de desespero. Neste momento digo para mim mesmo que nunca irei sair desta escuridão, deste vazio. Vazio que me começa a corroer as veias que percorrem o meu corpo, vazio que me corrói os pensamentos e os sentimentos.
Subitamente vejo um pontinho branco muito pequeno lá ao fundo. Agarro no resto de forças que tenho e corro em direcção a esse pontinho. Corro durante horas e o pontinho não cresce, não se aproxima. Desato a chorar de desespero porque já não sei o que fazer para sair desta escuridão, e é então num acto de demência que contínuo a correr desesperado com as lágrimas a percorrerem a minha cara, até que o pontinho muda. Ele começa a crescer e eu sinto que me estou a aproximar de algo. O pontinho branco cresce e emana uma luz branca intensa do seu interior. Aproximo me demais e fico cego, encandeado pela luz. Páro e esfrego os olhos para ver se eles recuperam do encandeamento e é nesse momento, que começo a conseguir ver para o interior desse ponto. Já vejo, descobri a saída da escuridão, descobri o que está no interior daquilo que era um pontinho branco lá ao fundo... afinal não era só um pontinho. Era uma saída da escuridão em que se encontrava a minha vida. A luz que emanava do túnel, a luz que me guiou, que me tirou da escuridão...... eras tu.
6 de dezembro de 2008
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7 comentários:
meu, isso é amor? |:
nao... chama-se falta de inspiraçao...
também não... chama-se: o nosso platãozinho.
AHAH ó telmo, essa designação tem aqui direitos de autor... não queiras problemas jurídicos comigo :D
eu sei, eu sei - bons velhos tempos, impossível de esquecer. ehehe. mas um gajo depois divide os lucros que se fizer com o comentário, é na boa.
isto está bem bonito por aqui.
a mim, parecia amor também.
(mas vou sair já já desta janela que é só vossa ;))
fica na boa,
um gajo aprecia a companhia e o platãozinho fica chateado por estarmos a estorvar os posts dele. :)
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