20 de fevereiro de 2009

um dia no campo

No meio do nada, um castelo, em todo o lado um eco que reverbera. Uma figura indistinta aponta, insegura, para algures. A indefinição é tida por certa, chamam-lhe incompletude integrante.
Um pássaro, um campo...um grito - uma pena flutua incerta. Havia talvez duas a três flores que choravam num lugar outro. E há, vejo, um abeto que ri desenfreadamente.
A melancolia espalha-se pelo vento solidário. A nostalgia, eterna irmã, emaranha-se num fio contínuo de lembranças desconexas.... A descontinuidade dá-lhe uma credibilidade suspeita
- diz-se da rotina andar de mãos dadas com a morte madrasta. O fluxo deve ser descontínuo para ser pertinente.
...farto de todos estes ruídos desconcertantes saio do bucólico para dentro de mim - fecho os olhos e espero a visita da clarividência. Encho-me de tudo e dirijo-me por fim para algures onde realmente me sinto imperecível.

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