6 de março de 2009

Amanhã Os Ecos Moldarão Sozinhos Todos Os Lugares Idos

Horas simétricas, e todos os gestos e movimentos em linha descolonizando, bravos gestos de fertilidade, as profecias esquecidas mesmo nas viagens mais longas, e tecem-se os laços, desinência, pois claro, que mais palavras desgastassem a nossa delustre embriaguez, aqui, no topo do mundo. O meu sulco de feridas perdido à tua mão é o nosso desinflamar estratégico e também o teu fornecimento obtuso de preponderância e desconfiança no estóico bulício corpóreo. Corte na tela infame de descoberta, incisão profunda no exigente olfacto infantil, miserável esculpir teu perfume, Movimentos em linha e duros e assombram-nos os irremediáveis espíritos de um conhecer anterior com o ar forte do paraíso, que não permanecesse magnetismo solene e estúrdia de pensamento, que velhos relógios perdidos no amanhecer guardassem devotamente a infusão perfumada das vossas tímidas complacências, demoradas, mas tudo isto seria nervosismo atípico e imperceptível ao âmago de nós, que me abrigo, não se façam as palavras de água em quedas, mas rapidamente se mostrariam ser as mais revolvidas de alma e olhando bem às intransigências meticulosas das nossas feridas abertas, esse revolver interior e transparecer imperceptível é o nosso estimado eufemismo de calma e prazer.
Mas no implacável avançar no mesmo sítio, não podemos esquecer-nos de que todo o fundamento se levanta do chão ao nosso perpétuo estremecer na distância, que todo o mito de perfeição nos movimentos aleatórios do amor nos caísse ao sentimento de mar aberto, futuro e nostalgia, e ainda aparentemente detínhamos o respirar por melhores horas que sempre viriam, não fossem todas estas palavras sonhos mal esquecidos ou brasas ainda quentes, sobreviventes de um fogo anterior e por isso dou-te um nome de água para que cresças no silêncio.
Asas cor-de-sonho, neste monstruoso perecer de saudade que largos sorrisos fossem as longínquas noções de nós sob o impulso da alteza da nossa inocência perpetuamente segura ao nosso chão. Filtros na saciedade que nos afastasse de nós, de tão leve espasmo de leveza espessa e concórdia, na mais alta das ambições aladas, neste mar de recônditos fundos e corais de línguas e mãos dadas que é o verbo metafísico estendido ao ressoar magnético do teu breve coração em chamas, o teu mais profundo precipício de amar e esquecer, Ah, mas as horas simétricas, as horas simétricas e as envolventes metáforas proxémicas, às quais oferecemos o nosso culto arbítrio de liberdade e políticas sofistas do crepúsculo mais isolado na nossa sensorialidade, se é que a palavra já tenha sido concebida, são alvos ao nosso grave respirar, porquê no plural se deveria perguntar, mas para isso, desinência, mesmo conhecendo as fatalidades herméticas do sinistro caudal de questões e o ar forte do paraíso.
Se o topo do mundo nos permitisse, quereríamos subir mais ainda, mas plácidos de superstição são os planos ingénuos de vida ou de morte, de qual questão nascemos nós. De que gérmen solene, mesmo as nossas orações arcaicas e o nosso bulício sibilante na incerteza ou dúvida que fosse a ponte entre toda a prosa de algum vacilar momentâneo e rosas ao objecto estupendo da nossa poesia.
Vejamos o novo dia nascer a voar nestas palavras, e neste enquistar violento, rapidamente somos fósseis encantados na meada química, que nós os homens lidos pelo tempo reconhecemos através dos desenfreados movimentos pendulares no limbo devasso à eternidade, oculta magreza da acção sobrepremediatada, que sim, nas minhas malas-artes sou um mago do neologismo, não me estranhe o leitor ou o crítico malbarate o fétido cansaço da tinta eterna, pois ela também o aparenta, mas rumando ao nédio futuro de algodão, que ainda na ausência do artifício, não se assuma necrose nos fios hermetica e devotamente tecidos da vida, mas a necessidade nevrálgica da nossa posição ancestral remanescente dos caminhos que tomamos, até mesmo dos trilhos que marcamos na mais pura e profunda intenção de seguir, que nos tornou pomposos nefelibatas do esquecimento outrem, rascunho no taciturno citar ao proscénio, lustrosa embriaguez.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A tua laranja é muito bonita mas tem pouco sumo. De outra forma, escreves com ouro e prata mas só te sai pechisbeque. De outra forma ainda, escreves, escreves, escreves, mas não dizes nada.

André disse...

Custa-me muito dizer coisas.